Para a criança que ainda vive aí dentro

Quando o Dia das Crianças está chegando, nós costumamos voltar nossos olhos para o lado de fora: filhos, sobrinhos, netos, filhos de amigos, vizinhos ou pequenos desconhecidos.

Só que existe uma criança muito mais perto de você. Um ser alegre, espontâneo e criativo que costumava atender pelo seu nome há alguns, ou muitos, anos atrás.

Como era a Aninha, a Marcinha, o Ricardinho ou o Pedrinho? O que você gostava de fazer? Como eram suas brincadeiras? O que fazia quando sozinho? E quando estava no meio dos amigos? Como reagia a algo que nunca tinha visto antes?

A Dani criança adorava passar horas no quarto de costura da avó, fazendo roupas para as bonecas ou catando os alfinetes que caiam entre os tacos. Inventava bazar de coisas usadas na escola. Fazia decoração para a festa das suas filhas-bonecas. Trançava pulseirinhas de linha e vendia para as amigas. Organizava festas juninas e transformava brinquedos velhos em prendas. Tinha coleção de papel de cartas e de adesivos. Fazia cartões de aniversário. Escrevia histórias, reais e imaginárias, de casamento em família a ovelha com couve-flor na cabeça. Desenhava coleções de roupas e sonhava em ser estilista. Dava nome às suas futuras empresas, como “Design” (leia-se “desain” e, não, eu não fazia a menor ideia do que se tratava, só achava bonito o nome mesmo) e “Infloressência” (a essência que vivia dentro das flores). Tinha planos mirabolantes. Era engraçada. Não desistia fácil das coisas.

Quando se é criança, te contam que tudo é possível. Você acredita, vai lá e faz. Você vai crescendo, aprende que isso não pode, aquilo não se deve, escuta fulano falar que a sua voz é estridente demais para cantar, ouve a professora dizer que árvores não podem ter troncos azuis, começa a achar seu texto pior que o do colega… E assim, vai criando barreiras para você mesmo, deixando a espontaneidade para trás, sendo cada vez menos você e mais o modelo ideal que imagina que os outros querem que você seja.

Outra coisa que a gente acaba perdendo é a capacidade de nos encantar. Onde foi parar aquele brilho nos olhos de quando você abria seu presente de natal? Aquele ouvido curioso para as aventuras das férias na volta às aulas? Será que o mundo ficou menos surpreendente? Ou foi você que mudou?

Há alguns anos atrás, no dia 12 de outubro, eu me dei de presente uma caixa de lápis de colorir e um livro de mandalas de bolso. Foi um reencontro tão gostoso que não parou mais. Sim, eu ainda sou capaz de desenhar. E de pintar, de costurar, de inventar moda, de criar histórias e de me encantar! E, quando a Dani adulta me fala que esse traço tá mal feito, que essa arte não está tão boa quanto a da ciclana, sabe o que eu faço? Eu lembro a ela que isso é uma brincadeira e não um jogo, não tem certo ou errado.

Qual parte da sua criança interna ainda está ativa em você? Qual parte dela você gostaria de reencontrar?

E, se nesse Dia das Crianças, você reencontrasse a sua? Não faz nem ideia como? Eu vou te dar alguma sugestões.

1. Pra quem gostou da ideia de colorir mandalas, você pode comprar livrinhos como esse ou baixar as suas da internet, aqui no site da Waau mesmo temos algumas. Se não tiver material para colorir, visite uma papelaria e compre um kit com lápis de cor, canetinhas ou giz de cera. Acreditem, a atividade é uma delícia, quase uma terapia.

2. Se você prefere escrever, se presenteie com um ‘caderninho mágico’ e se permita escrever as histórias mais loucas que vierem na sua cabeça. Tente não julgar o que escreve, as outras pessoas nem precisam saber que ele existe. A Silvia da Design de Baunilha faz cada um mais lindo que o outro, aliás foi um texto dela sobre a sua infância que me inspirou muito a fazer esta postagem aqui.

3. Separe um momento para rever suas fotos de infância. Se possível, convide alguns familiares e amigos e compartilhe alguns dos casos daquela época.

4. Vá até um karaokê e solte a voz! De preferência, escolha algumas das músicas que marcaram seu tempo de baixinho. Xuxa não poderia faltar no meu.

5. Escolha um filme ou desenho animado que você adorava e faça uma sessão nostalgia.

6. Reúna um grupo de amigos para jogar um jogo de tabuleiro. Imagem e Ação, Estalo e Perfil são boas indicações.

7. Passe um tempo com alguma criança e reaprenda como é fácil e gostoso brincar.

Junto com essa criança, vem também uma forma mais espontânea, criativa e alegre de ver a vida, experimente e me conte como foi.

Tem mais ideias de como presentear a sua criança interior? Compartilhe nos comentários aqui em baixo, você pode ajudar outras pessoas.

Ao seu encanto,

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Quem cria

Dani Brandão

Encantadora de palavras e imagens. Facilitadora de fluxos criativos. Criadora da Waau. 

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