Você já ouviu falar de Economia da Gratidão ou Eco
Bem, essa é uma nova-velha forma de se pensar as relações de troca. Como assim nova e velha ao mesmo tempo?
É nova porque vem propor uma ruptura no modelo de economia que temos hoje, onde o dinheiro perdeu o seu significado inicial de troca de energia para se tornar uma forma de poder e exclusão. Uma economia que acabou afastando as pessoas umas das outras, criando uma ilusão de que somos seres isolados, de que devemos competir entre nós, pois não há para todo mundo, num sistema de escassez.
É velha porque, propõe uma volta no tempo, onde as pessoas relembram suas origens, que somos seres que dependem uns dos outros e de toda a natureza ao nosso redor para existirmos. Essa consciência nos faz perceber que as melhores “coisas” não são compradas: isso vale desde o sol que nos traz energia até o amor de alguém. Essas “coisas”, na verdade, são presentes que recebemos. E o que você faz quando recebe um presente? Agradece em troca, certo? E essa gratidão pode vir na forma de palavras ou de ações. É baseado nisso que essa Economia da Gratidão, ou Economia do Presente, como você preferir, funciona.
Nesse tipo de sistema, se você se sente grato à natureza, você cuida dela, se você sente grato às pessoas que te cerca, você quer o bem delas.
Princípios da Economia da Gratidão:
. tudo nessa vida são presentes
. ser grato é honrar e retribuir a energia que recebemos
. somos seres conectados e interdependentes
. trocas baseadas no afeto e no bem-estar coletivo
. a colaboração é mais importante que a competição
. a abundância no lugar da escassez
Isso pode até parecer um papo teórico demais, mas essa forma de pensar já está provocando mudanças e ações práticas ao redor do mundo e na vida de pessoas como eu e você.
Pra te contar mais, eu trouxe o vídeo de um dos principais pesquisadores sobre essa tema.
(Para habilitar a legenda, clique na parte inferior do vídeo, depois clique no ícone da engrenagem: Configurações, Legendas, Português.)
Muitas pessoas já têm colocado isso em prática. Eu separei alguns exemplos pra você:
• Exemplo 1:
O Couchsurfing é uma rede de viajantes que oferecem os seus sofás (ou camas) para outros viajantes sem cobrar nada por isso. A recompensa: a gratidão de seus hóspedes e a certeza de que serão bem-recebidos por outros membros. Eu mesma já fui acolhida por alguns deles numa viagem.
• Exemplo 2:
Essa iniciativa foi criada por uma brasileira. Na rede Biilive, as pessoas usam as suas habilidades para ensinarem e ajudarem uma as outras. A moeda de troca é o nosso próprio tempo, que vira crédito para trocas futuras.
• Exemplo 3:
Esse casal abriu um restaurante vegano bem diferente. Nele, os donos compatilham os gastos com o almoço, as pessoas pagam o quanto quiserem e ainda ajudam lavando a louça.
Aqui, na Waau, eu já usei um sistema parecido com esse em uma de nossas oficinas.
• Exemplo 4:
O Pedro Céu é um videomaker e artista cocriativo. Quando descobriu que o que mais fazia sentido pra ele era contar histórias inspiradoras de pessoas de carne e osso, ele buscou formas de transformar isso em abundância pra sua vida.
Foi através dele, que eu conheci o crowdfunding ou financiamento coletivo recorrente. O nome é complicado, mas a ideia é simples: é como se fosse uma vaquinha online, cada um apoia com um pouquinho por mês. Com o valor total, o profissional pode ter uma renda ou um complemento que lhe permita continuar produzindo conteúdo de qualidade para o seu público e levando uma vida tranquila.
O número de pessoas que tem movimentado a Economia da Gratidão cresce a cada dia, nos mostrando que é possível traçar um novo caminho: mais colaborativo, inclusivo e abundante.
>> Inspirada em todas essas iniciativas, eu estou preparando uma nova forma da gente realizar trocas com afeto por aqui. O objetivo é permitir que as pessoas que dão valor ao meu trabalho possam contribuir com ele. Em troca, eu poderei criar cada vez mais conteúdos e experiências que levem encantamento, criatividade e gratidão até vocês. Aguardem!
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( Foto de abertura: minha autoria. Demais fotos: divulgação.)